Os aracnídeos são conhecidos por sua característica peculiar que é a produção de teias. Na natureza esses organismos utilizam suas teias para diferentes finalidades com caça, abrigo e proteção.
Estudos recentes analisaram a composição química das teias em busca de respostas as suas características mais significantes, sua alta resistência a tensão e sua elasticidade. Em comparação com filamentos metálicos na mesma espessura, um filamento de teia podem chegar a ser 50 vezes mais resistente a tensões e esticar 10 vezes o comprimento antes de ocorrer o rompimento.
O estudo mostrou que tais características resultam da complexa composição proteíca da teia que combina as duas caracterisiticas mecânicas.
O grande desafio... produzir em larga escala quantidades significativas de filamento de teias para aplicação prática na industria.
Por ser uma estrutura proteica complexa, o filamento de teia deve ser produzido naturalmente pela aranha e o problema decorrente deste fato é que os aracnideos produzem pouca quantidade de filamento e os seus hábitos predatórios impedem a sua criação em "fazendas de cultivo".
Em Montreal no Canadá, uma fazenda diferente é capaz de produzir em larga escala os filamentos proteícos da teia das aranha a partir da manipulação genética.
O princípio é simples e parece ter saído de filmes de ficção científica.
Os cientistas mapearam o código genético de uma espécie de aranha, e extrairam a sequência genética responsável pela produção da teia, para posteriormente aplicar esse código genético em cabras.
Essas cabras genéticamente modificadas produzem os filamentos da teia em seu processo de lactação. Juntamente com o leite da cabra é recolhido os longos filamentos de teia que são separados e isolados para aplicação.
Os cientistas afirmam que tal material pode ter inumeras aplicações na indústria, desde o desenvolvimento de tecidos ultra resistentes a cabos de fixação e sustentação com alto desempenho.
Eficiência em materiais
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